Este texto não é sobre viagem, apenas um desabafo de uma mãe diante das lágrimas de seu filho...
Ontem decidi levar meu filho para assistir ao jogo do Brasil em um local diferente de casa, para ele poder vivenciar o que é realmente uma grande torcida vibrando pelo seu país, já que os ingressos para os jogos nos foram roubados pelas mãos de cambistas e pessoas inescrupulosas. Depois de alguma pesquisa, excluímos a Fan Fest, na praia de Copacabana, pela multidão que constatamos nos jogos do Brasil. Decidimos ir ao Parque da Bola, no Jockey Clube da Gávea, que por ser um evento pago, oferecia mais conforto para assistirmos ao tão sonhado jogo Brasil x Alemanha e que colocaria o Brasil na final.
No parque foi montado uma casa do jornal O Globo, muito bem estruturada, com muitas atividades para adultos e crianças se divertirem juntos. Quase na hora de começar o jogo, um temporal desabou sobre a cidade, parecia que São Pedro já estava em lágrimas; no parque, os poucos lugares cobertos para assistir ao jogo começaram a transformar nosso sonho em um pesadelo.
O jogo começa e descobrimos que, do local que estávamos, não era possível ver o telão, nem nenhuma tv. Enrolei minha máquina e celular em uma blusa, coloquei em um saco plástico e fomos assistir na chuva mesmo os nossos meninos - é assim que eu carinhosamente os chamo.
Quando levamos o primeiro gol, entrei em uma espécie de transe, olhava o telão mas não enxergava nada, e veio outro, e mais outro. Isaac estava inconsolável; comecei também a chorar e uma moça ao nosso lado, vendo a tristeza dele, veio animá-lo, mas começou a chorar também. Nessa hora, eu nem sentia mais a água, apenas um vazio enorme em mim, e como estava abraçado com ele, com as mão em cima de seu peito protegendo-o da chuva, sentia seu coração explodir, quando me falou aos prantos: "Mãe, não dá mais!"
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Nesses momentos é preciso ser forte e tirar proveito da situação. Foi quando percebi a possibilidade de crescimento que ele poderia vivenciar, explicando a ele que na vida precisamos estar preparados para tudo, que teremos vitórias, mas antes delas sempre ocorrem inúmeras derrotas, que nos fazem mudar para crescer, e que as mesmas são consequência de um bom trabalho, sempre!
Quis oferecer o melhor para meu pequeno, mas a situação mudou, assistimos ao jogo debaixo de chuva; queríamos ver nossa seleção brilhar, mas, por razões difíceis de se explicar, a derrota nos abraçou.
Outra lição que podemos dar aos nossos pequenos e a nós mesmos: não devemos condenar nossos meninos pelo jogo de ontem, devemos apoiá-los, pois a derrota também faz parte do jogo. Eu sei que, para nós brasileiros, pra quem nas veias corre sangue futebolístico, pode ser um momento difícil, mas devemos ser humildes, reconhecer nossos erros, e, acima de tudo, apoiar nossa seleção e mostrar para o mundo que, com vitória ou com derrota, a copa do Brasil foi a "Copa das Copas"!
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Patricia Tayão.
Foto: tirada pelo fotógrafo da Casa O Globo, no Parque da bola, no Jockey Clube da Gávea.