Comparação entre o lado brasileiro e o argentino das cataratas


Na edição de novembro de 2008 da revista Viagem e Turismo, uma reportagem dava conta de algumas comparações entre o lado brasileiro (Parque Nacional do Iguaçu) e o lado argentino das cataratas (Parque Nacional Iguazú). As comparações foram feitas pelo Guia Brasil 2009 e atribuíam notas de 0 a 10 a diversos quesitos dos parques.

Depois de chegar de Foz do Iguaçu, decidi eu mesma fazer minhas comparações usando  os mesmos quesitos propostos no texto, pois achei injustas as pontuações.

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Seguem, então, minhas comparações:

Transporte no parque:

Brasil (Parque Nacional  do Iguaçu): feito em ônibus de 2 andares, com informações em português, inglês e espanhol;  praticamente nenhuma espera para pegar os ônibus nas estações. Nota 10.
* O Brasil ganhou nota 8 no Guia Brasil 2009. O que faltou para o 10?


Argentina (Parque Nacional Iguazú): feito em trem aberto, com grande espera e longas filas entre as estações. Nota 7.
*A Argentina ganhou nota 5 no Guia.


Passarelas:

Brasil (Parque Nacional do Iguaçu): trilha + passarela somam 1,2 km, feitos praticamente todos na sombra. Acessibilidade para cadeirantes através dos elevadores do Espaço Naipi. Ninguém deixa de ver o espetáculo. Nota 10.
* O Guia deu nota 6 para o Brasil, alegando que molha muito e é garantia de gripe. Me poupe, ver um espetáculo desse e ficar preocupado em não se molhar! Fica em casa vendo televisão meu amigo!


Argentina (Parque Nacional Iguazú): são muitas trilhas para se fazer, mas a principal, para a "Garganta do diabo", é feita praticamente toda sob o sol. Há total acessibilidade para cadeirantes, como do lado brasileiro, ninguém fica de fora. Também molha bastante no final da trilha, já de frente para as cataratas. Nota 10.
* O Guia deu nota 8 para los hermanos, o que também é injusto, pois o sistema de passarelas deles funciona muito bem; andamos mais, porém, vemos a "Garganta do diabo" bem de pertinho, além de alguns saltos que não podem ser vistos do lado brasileiro.

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Visão:

Brasil (Parque Nacional do Iguaçu): as quedas vão ficando cada vez mais bonitas à medida que se avança na trilha, culminando com uma visão panorâmica e bela das cataratas. Nota 10.
* O guia deu nota 8 para o Brasil. São as quedas d'água mais bonitas do planeta. Nota 8? Como assim?Qual será a nota dez desse guia?


Argentina (Parque Nacional Iguazú): fazendo pelo menos duas trilhas, para a "Garganta do diabo" e o circuito superior, o lado argentino te dá uma visão ampliada e magnífica das cataratas. Nota 10.
*O guia também deu nota 8 para os argentinos. Bem, se eles acham as visões das cataratas dos lados brasileiro e argentino somente "boas", não sei o que deu em mim e nos outros milhões de turistas que saem de lá encantados.


Garganta do diabo:

Brasil (Parque Nacioanal do Iguaçu): boa visão, mas não tão de perto quanto dos argentinos, mesmo assim, achei maravilhosa a vista. Nota 9.
*O guia deu nota 8 para o Brasil, pois achou longe a vista da "Garganta do diabo".


Argentina (Parque Nacional Iguzú): você fica praticamente dentro da Garganta do tinhoso, com a mais bela visão das cataratas. É preciso olhar durante muito tempo para acreditar em tudo aquilo. Nota 10.
* Pelo menos nessa nota concordamos, o guia deu 10 para a Argentina.


Quatis:

Brasil (Parque Nacional do Iguaçu): são muitos, bastante bonitinhos, mas podem morder e transmitir doenças, portanto, mantenha distância. Nota 8.
* O guia deu nota 7 para nosso bichinhos.


 Argentina: (Parque  Nacional Iguazú): aparecem em menor quantidade para os turistas, ficam mais concentrados dentro das matas, mas, em compensação, muitas aves diferentes podem ser vistas ao longo da trilha principal. Nota 8.
* O guia deu nota 0 para os argentinos. Quem fez essa comparação com certeza não percorreu nenhuma trilha no parque, onde vemos inúmeros quatis; eles apenas preferem ficar no seu hábitat natural.


Centro de visitantes:

Brasil (Parque Nacional do Iguaçu): tudo bem sinalizado,  pessoas explicando os passeios, com banheiros, lanchonete, loja de lembranças, tudo sinalizado em várias línguas. Nota 10.
* O guia deu nota 8 para nosso centro de visitantes. Se essa pessoa vem ao Rio opinar sobre qualquer atração turística, estamos perdidos, já que não temos nada parecido com a organização do Parque Nacional Iguaçu.


Argentina (Parque Nacional Iguazú): o centro de visitantes deles tem até exposiçoes sobre fauna, flora, cultura e conservação do ambiente em que estão inseridas as cataratas, mas não possui a organização  do lado brasileiro. Nota 9.

* o guia deu nota 5 para o centro de visitantes argentino, alegando só estar disponível em espanhol e inglês, faltando o português. Acho que o problema já foi resolvido.

Preço:

Brasil (Parque Nacional do Iguaçu): R$ 26,00 em março de 2014. Nota 10 novamente.
* O guia deu nota 8 para valor do ingresso. Pela organização, limpeza e logística do parque, o ingresso não é caro, vale o 10 que dei.

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Argentina (Parque  nacional Iguazú): 115 pesos argentinos, o equivalente a R$ 34,00 em março de 2014. Nota 5. Poderiam melhorar o sistema de transporte entre as estações, colocando mais trens, mas o principal motivo  da minha nota 5  foi a forma de pagamento do ingresso: somente aceitam pesos argentinos, acho que eles não sabem da existência de cartão de crédito/débito.
* O guia deu nota 6  para os preços argentinos.


Estacionamento:

Brasil (Parque Nacional do Iguaçu): custa R$ 15,00 pela diária. Nota 5. Não precisava pagar estacionamento.
* o guia deu nota 0 para nosso estacionamento.

Argentina (Parque Nacional Iguazú): custa $20 pesos, o equivalente a R$6,00. Nota 9. Poderia ser de graça também, mas o valor é menos da metade do Brasil.
* o guia deu nota 10 para nossos hermanos, pois na época o estacionamento não era cobrado.

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Final: Brasil 72; Argentina 68. Deu Brasil, como sempre!

Patricia Tayão.
Fotos: Eduardo Freitas.